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O sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em sua obra acerca da fragilidade dos vínculos humanos nas sociedades contemporâneas, usa expressões como “modernidade líquida” e “amor líquido”. Nessa perspectiva, estaríamos vivendo um momento sociocultural e histórico de maior individualização, no qual as pessoas buscam mais liberdade individual e estão menos desejosas de procurar a segurança proporcionada pelos vínculos familiares, dos grupos comunitários, das classes sociais, dos relacionamentos amorosos duradouros. A necessidade de pertencimento a grupos religiosos e o cultivo das tradições, como o casamento monogâmico, por exemplo, estariam se liquefazendo diante da imperiosa vontade desse novo indivíduo sem vínculos sólidos e orientado pela fluidez constante das instituições e relações humanas.