Segundo as teorias em voga que se impõem no discurso politicamente correto, define-se gênero como sendo a identidade do sujeito em relação às práticas sociais que ele exerce. Logo, a alternativa D seria a correta.
Trata-se de uma questão que ganhou ares complexos com a atualização das políticas de gênero, que distinguem sexo de gênero e desassociam a noção dos genótipos com a noção de identidade de gênero. Há inúmeras controvérsias quanto ao assunto.
Assim, pessoas que nascem com determinados sexos poderiam escolher diferentes gêneros. A discussão por trás destas medidas é filosófica e ideológica: trata-se da velha questão sobre natureza x cultura.
A modernidade rebela-se contra a própria noção de natureza humana. No seu extremo, cai-se na questão de uma autodeterminação cultural: é do homem o poder de determinar cada mínimo aspecto da sua vida, incluindo o próprio gênero.
De um ponto de vista moderno e contemporâneo, trata-se do ápice da liberdade, que se rebela contra qualquer conformismo, principalmente religioso. De um ponto de vista tradicional - e até medieval - trata-se do ápice da arrogância e do orgulho adâmico, que tem como principal objetivo exercer a ação mefistofélica conforme dizia Goethe: negar tudo.
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