Me lembro bem de quando era pequena e doquanto minha imaginação era fértil. Eu fui daquelas crianças que davam arrepios nos pais por conta das brincadeiras mirabolantes: a cama de casal que virava navio pirata, o sofá da sala que virava palco de teatro com direito a cortina de lençol e tudo mais... Toda vez que começava a me animar minha avó dizia: "Lá vem essa menina inventando moda”. Hoje vejo que esse era o jeito de brincar das crianças de antigamente. Não havia toda essa parafernália eletrônica, que toca música, anda, fala e não deixa nenhum espaço para a imaginação. Precisávamos inventar as nossas brincadeiras. Criança moderna não sabe brincar sozinha, tem sempre a babá, o computador, o DVD... Hoje tento incentivar meu filho a brincar assim também. Não é que eu vá jogar todos os brinquedos dele fora, mas com certeza ele vai aprender a se divertir com muito menos. Dá mais trabalho, faz mais bagunça, mas é infinitamente mais divertido. POMÁRICO, Veri. Revista Gol. Editora Trip: s/1. s/d. A autora deste texto defende que: (A) as brincadeiras das crianças de antigamente eram divertidas. (B) as brincadeiras de antigamente eram mais criativas que as atuais. (C) as maneiras de as crianças de hoje brincar devem ser aceitas. (D) as crianças devem brincar com parafernálias eletrônicas. (E) as crianças de antigamente não tinham brinquedos.