Busque Amor novas artes, novo engenho, Para matar-me e novas esquivanças, Que não pode tirar-me as esperanças, Que mal me tirará o que eu não tenho. Olhai de que esperanças me mantenho, Vede que perigosas seguranças, Que não temo contrastes, nem mudanças Andando em bravo mar, perdido o lenho. Mas conquanto não pode haver desgosto Onde esperança falta, lá m’esconde Amor um mal, que mata e não se vê; Que dias há que n’alma me tem posto Um não sei quê, que nasce não sei onde, Vem não sei como, e dói não sei porquê.
O soneto acima, de Luís Vaz Camões, possui uma característica marcante da poesia amorosa do poeta português. Qual característica é essa? Justifique sua resposta com um trecho do poema