Questão 5
Muito legal o anúncio da Feira do Livro, que mostra um sobrado construído inteiramente de livros. [...]

Na casa dos livros impera um fantasma poderoso chamado Imaginação. Haja criatividade para construir tantos mundos de letras, na forma de contos, crônicas, poesias e romances, que enchem páginas e páginas de informação e ficção. Quem lê tanto livro em tempos de realidade virtual? Difícil saber, mas a verdade é que esse objeto medieval, quase tosco se comparado com a parafernália tecnológica dos nossos tempos, continua atraindo a atenção e a curiosidade das pessoas. Borges, que deve estar em algum desvão daquela casa encantada, definiu magistralmente essa invenção humana: “Dos instrumentos do homem, o mais assombroso é, sem dúvida, o livro. Os demais são extensão do seu corpo... Mas o livro é outra coisa, o livro é uma extensão da memória e da imaginação”.

SOUZA, Nilson. A casa dos livros. Zero Hora, 1. nov. 2008.

Para responder à questão, relacione as características listadas na coluna A às palavras/ expressões da coluna B, que contém verbos, numerando os parênteses.

Coluna A

1. Indica possibilidade futura.

2. Integra uma expressão enfática.

3. Indica ação habitual.

4. Exerce papel de adjetivo.

5. Liga uma qualidade ao antecedente.

6. Integra uma ideia de condição.

7. Indica permanência no tempo.

8. Indica uma hipótese.

Coluna B

( ) “construído”

( ) “lê”

( ) “a verdade é que”

( ) “comparado”

( ) “continua atraindo”

( ) “deve estar”

A numeração correta dos parênteses, de cima para baixo, é

a) 1,3,4,6,28
b) 6,2,5,4,3,6
c) 4,3,2,6,7,8
d) 2,3,4,7,6,1
e) 5,4,1,3,78

Em “sobrado construído”, o particípio funciona como adjetivo, determinando o substantivo sobrado. Em “quem lê tanto livro”, o presente designa uma ação habitual. A expressão “a verdade é que” é enfática, empregada como recurso persuasivo. A oração “se comparado à parafernália” exprime uma condição. Em “continua atraindo a atenção” há noção de permanência temporal (atraiu a atenção no passado e continua atraindo no presente). Em “que deve estar em algum desvão...” há noção de hipótese, de possibilidade, e não de certeza.